quarta-feira, novembro 22, 2006

A Família de Deus - Por Daniel Souza


Existem dois modelos de família: a espiritual (eterna; verdadeira); e a natural (provisória; distorcida e em crise por causa do pecado)

A verdadeira família é formada por pessoas que fazem a vontade de Deus, o Pai (Mc.3.31-35 / veja também os versos 20 e 21). Os filhos de Deus não são aqueles que nasceram segundo a carne ou do nascimento natural. Eles nasceram de Deus e foram capacitados para viver como seus filhos (Jo.1.12,13).

É interessante ver como o reino de Deus expõe e corrige as coisas erradas da família provisória. Quem não fica impressionado com os textos de Mt.10.34-37 e Lc.14.26 ?

No entanto, esta palavra que pode impressionar algumas pessoas é algo bem resolvido no coração daqueles que fazem parte da família eterna. Os filhos de Deus sabem que o amor supremo por Jesus é algo absoluto e justo.

Deus tem um projeto eterno: ter uma família eterna. Somente aqueles que Ele gerou viverão a eternidade com Ele.

Uma das grandes bênçãos da eternidade com Deus é que os salvos saberão que aquela é sua verdadeira família. Ali não haverá tristeza e nem lembrança das coisas passadas (Is.65.17). Se assim não fosse, o céu seria um lugar de muita tristeza.

Certa vez, ouvi o testemunho de um pastor africano que morreu e teve uma preciosa experiência no céu. O que me chamou a atenção é que sua esposa, aqui na terra, estava em grande sofrimento pela perda de um importante membro de “sua família”. Porém o pastor nem se lembrava de sua família provisória, visto que estava experimentando as delicias do céu com outros irmãos da família eterna. É engraçado mas ele teve que voltar contra sua vontade!

O mesmo já não acontece no inferno. Em Lucas 16.27,28 o rico condenado se lembrava de sua casa paterna e de seus irmãos. Ele sustentava a identidade natural; carnal. Ele poderia ter a identidade espiritual e eterna, mas não teve fé para isto. Ele não era da mesma família de Lázaro e Abraão. Ele já estava na eternidade, porém, separado da família eterna.

É certo que muitos passarão a eternidade próximos daqueles que eram “distantes” e distantes daqueles que eram “próximos”.

A vinda de Jesus e o arrebatamento da igreja vão interferir com muita força nas famílias provisórias (Lc.17.34).

Parece que Deus já vai preparando o homem no plano provisório visando a eternidade. Em Mt.19.5 Jesus nos mostra que o homem deixa algo profundo para assumir algo mais profundo ainda. Quando o filho é pequeno nem passa por sua cabeça que um dia ele deixará sua mamãe. Até que ele cresce e conhece uma jovem que vai mudar, de forma irresistível, sua vontade.

O casamento é o máximo da fraternidade? Não. Tem algo mais profundo ainda. A família de Deus, a família eterna é muito mais profundo ainda (1Co.2.9; Ef.5.32).

A revelação sobre a família eterna parte do Pai celeste, não de nossos conceitos adquiridos neste mundo. Se não cuidarmos, ficaremos confusos com as distorções e os padrões invertidos da sociedade.

A bíblia diz que nem todos são filhos de Deus (Jo.1.12).
A bíblia fala dos filhos deste mundo (Lc.20.34) e até dos filhos do diabo (Mt.13.38; Jo.8.44; At.13.30; 1Jo.3.10). A diferença entre estes filhos e os filhos de Deus é muito grande.

Ninguém precisa ficar preocupado julgando outrem, pois O Pai conhece aqueles que lhe pertencem (Jo.10.4; 2Tm.2.19) .
Deus deu testemunho claro sobre Jesus, seu amado filho (Lc.3.22).

Uma parte da família eterna já está no céu. A outra parte ainda está na terra (Ef.3.14,15).
Está na terra treinando para a eternidade. Estamos aprendendo a viver como família. Estamos aprendendo a guardar todas as coisas que nosso irmão mais velho ordenou (Mt.28.10, 18-20; Hb.2.11).

Quem não se lembra de mandamentos como “amai-vos uns aos outros” (Jo.13.34); “servi uns aos outros” (Jo.13.14,15; 1Pe.4.10); “perdoai-vos mutuamente” (Cl.3.13) ?

Assim vamos aprendendo a viver como família, sendo treinados para viermos eternamente juntos.

Toda glória seja dada ao Pai.


No amor de Jesus, Daniel Souza.